quarta-feira, 23 de maio de 2012

JORNADAS DO AMBIENTE



No dia 10 de maio de 2012 teve lugar na nossa escola as Jornadas do Ambiente. No painel dos preletores estiveram presentes o Professor Doutor Engenheiro João Batista, a Dr.ª Paula Marília Figueira, o geógrafo Dr. Ilídio Sousa e o Professor Doutor Hélder Spínola.







No primeiro fórum intitulado “Geodiversidade no concelho do Funchal: Cultura, Turismo e Ambiente”, o Professor João Batista presenteou o público com imagens do passado e do presente para demonstrar as modificações ao longo da linha de costa do Funchal. Deu a definição de aluvião, referindo os vários aluviões que aconteceram na ilha da Madeira, nomeadamente o de 1803, 1976, 1993 e mais recentemente o de 2010. Falou dos fatores inerentes aos aluviões, nomeadamente a descompressão do terreno, o rebaixamento do nível freático e a consequente modificação do regime hidrológico, o que provoca fissuras nos edifícios circundantes, não esquecendo também o estrangulamento dos cursos de água. Foram feitas também algumas recomendações para minimizar os efeitos dos aluviões.

Numa outra fase da sua apresentação falou sobre a importância da calçada madeirense, inspirada no bordado madeira - a “calçada de pedra miúda”, fazendo referência ao facto de mestres calceteiros madeirenses terem ido para o continente fazer calçada madeirense, mas com calcário.

Referiu também a íntima ligação da cidade de Aveiro com o Funchal, nomeadamente através de cacos cerâmicos e seixos, materiais vulcânicos que foram transportados do Funchal para Aveiro. Mencionou, ainda, a Sé do Funchal como um monumento único no mundo pela qualidade das pedras utilizadas na construção e a sua variedade cromática.

O segundo fórum contou com na presença da Dr.ª Paula Marília Figueira, com o tema “A Floresta Laurissilva…o habitat da Biodiversidade… um património mundial”. O objetivo da sua intervenção foi o de promover e sensibilizar para o conhecimento e preservação do ambiente, não esquecendo a importância do voluntariado, que tem na sua base o gosto pela natureza e a valorização da importância da floresta.

Fez referência aos vários tipos de vegetação existentes na Madeira: Zambujal, Laurissilva do barbusano, Laurissilva do Til e do Vinhático e Urzal de altitude – uma floresta que se formou há milhões de anos, mas que persiste até ao presente. Ressaltou que a floresta da Madeira prima pela sua biodiversidade, ou seja, pela grande diversidade de espécies que nela podemos encontrar, não esquecendo a importância dos cursos de água. Finalizou a sua apresentação referindo que “Conhecer e respeitar a floresta…é um dever de todos nós!”.

A segunda parte das Jornadas, iniciou-se com a apresentação do geógrafo Dr. Ilídio Sousa que trouxe o tema “Catástrofes naturais: O Homem e a Natureza “, mencionando a evolução do homem e como essa evolução se traduziu no meio ambiente, salientando a sua intervenção cada vez mais marcante no território. Deu alguns exemplos no mundo: Pearl Harbor, no Havai, onde o Homem construiu dentro e à volta da cratera do vulcão, referindo que neste caso este tipo de povoamento não é um risco, pois o vulcão está extinto; enquanto que em Nápoles, na Itália, existe risco para a população, uma vez que o vulcão está ativo.


Referiu que a presença humana é por vezes ameaçada por fenómenos naturais destrutivos e mostrou o registo das 40 piores catástrofes ocorridas no mundo entre 1970 e 2009. Salientou que ao se adicionar a um fenómeno natural extremo a exposição de pessoas, bens e/ou equipamentos criamos situações de risco.

Salientou que é necessário conhecer os riscos para prever os danos e melhorar a capacidade de resposta da população perante situações de risco.

Por fim, assistimos à intervenção do Prof. Dr. Hélder Spínola que apresentou o tema “O Défice ecológico” apresentando causas e algumas soluções para prevenir o défice ecológico. Alertou a plateia para o risco que todos corremos ao consumirmos os recursos naturais do planeta até à exaustão e a uma velocidade maior do que aqueles são produzidos, ou seja, ao vivemos acima das possibilidades ecológicas do planeta. Devemos então, na opinião deste preletor, pensar no que realmente importa: consumir, mas apenas aquilo de que realmente se necessita. Desta forma estaremos a garantir a saúde do planeta e a dar-lhe oportunidades para se renovar, entregando aos nossos filhos um planeta mais saudável!



Na opinião dos formandos que estiveram presentes, nomeadamente as turmas 1, 2, 3 e 4, estes fóruns foram bastante interessantes e contribuíram em muito para a sua formação enquanto pessoas e cidadãos, quer pelos temas tratados quer pela forma como os preletores os fizeram refletir sobre as temáticas propostas, alertando-os para a importância do conhecimento e da defesa do nosso património cultural, turístico e ambiental.


quarta-feira, 16 de maio de 2012

Sugestão da Coordenação

Hábitos de poupança na Holanda
Nada que interesse a Portugal, país rico…

A leitura do texto dispensa comentários...

Helena Rico, 42 anos, Groningen, Holanda
A propósito do desafio sobre os novos hábitos de poupança na abertura do ano lectivo, resolvi partilhar a minha experiência uma vez que vivo no norte da Holanda, onde tudo se passa de modo completamente diferente.
Em primeiro lugar, os livros são gratuitos. São entregues a cada aluno no início do ano lectivo, com um autocolante que atesta o estado do livro. Pode ser novo ou já ter sido anteriormente usado por outros alunos. No final do ano, os livros são devolvidos à escola e novamente avaliados quanto ao seu estado. Se por qualquer razão foram entregues em bom estado e devolvidos já muito mal tratados, o aluno poderá ter de pagá-los, no todo ou em parte.

Todos os anos, os cadernos que não foram terminados voltam a ser usados até ao fim. O contrário é, inclusivamente, muito mal visto. Os alunos são estimulados a reutilizar os materiais. Nas disciplinas tecnológicas e de artes, são fornecidos livros para desenho, de capa dura, que deverão ser usados ao longo de todo o ciclo (cinco anos).

Obviamente que as lojas estão, a partir de Julho/Agosto, inundadas de artigos apelativos mas nas escolas a política é a de poupar e aproveitar ao máximo. Se por qualquer razão é necessário algum material mais caro (calculadora, compasso, por exemplo), há um sistema (dinamizado por pais e professores, ou alunos mais velhos) que permite o empréstimo ou a doação, consoante a natureza do produto.

Ao longo do ano, os alunos têm de ler obrigatoriamente vários livros. Nenhum é comprado porque a escola empresta ou simplesmente são requisitados numa das bibliotecas da cidade, todas ligadas em rede para facilitar as devoluções, por exemplo. Aliás, todas as crianças vão à biblioteca, é um hábito muito valorizado.

A minha filha mais nova começou as suas aulas de ballet. Não nos pediram nada, nenhum fato nem sapatos especiais. Mas como é universalmente sabido, as meninas gostam do ballet porque é cor-de-rosa e porque as roupas também contam. Então, as mães vão passando os fatos e a minha filha recebeu hoje, naturalmente, o seu maillot cor-de-rosa com tutu, e uns sapatinhos, tudo já usado. Quando já não servir, é devolvido. E não estamos a falar de famílias carenciadas, pelo contrário. É assim há muito tempo.

O meu filho mais velho começará a ter, na próxima semana, aulas de guitarra. Se a coisa for levada mesmo a sério, poderemos alugar uma guitarra ou facilmente comprar uma em segunda mão.

Este sistema faz toda a diferença porque, desde que vivo na Holanda, terminou o pesadelo do início do ano. Tudo se passa com maior tranquilidade, não há a febre do "regresso às aulas do Continente" e os miúdos e os pais são muito menos pressionados. De facto, noto que há uma grande diferença se compararmos o nosso país e a Holanda (ou com outros países do Norte da Europa, onde tudo funciona de forma idêntica). Usar ou comprar o que quer que seja em segunda mão é uma atitude socialmente louvável, pelo que existe mil e umas opções. Não só se aprende desde cedo a poupar e a reutilizar, como a focar as atenções, sobretudo as dos mais pequenos, nas coisas realmente importantes.
Publicado no "PÚBLICO" - 30-09-2011 

Portugal não é um país Rico! É sim um País subdesenvolvido.
Nos países subdesenvolvidos, cada um quer ser melhor que o outro. É assim que o consumismo dispara de modo absolutamente estúpido.
Em Portugal ir para a escola com um livro usado! Nem pensar. O meu menino não é nenhum "pelintra"!

Saudações cordiais

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Atividade Integradora


Visita ao Centro de Ciência Viva e ao Aquário – Porto Moniz

No dia catorze de abril, realizou-se uma atividade integradora ao Porto Moniz, com a participação das turmas um, dois, três, quatro e cinco, no âmbito das áreas de competência-chave de CP, CLC e STC. Estiveram presentes nesta visita os formadores: Inácio Jesus, Eduardo Madeira, Augusta Santos e Patrícia Campos.
A visita correu muito bem, uma vez que, os formandos demonstraram interesse e agrado pelos locais visitados. 
No Centro de Ciência Viva puderam experienciar diversas atividades, aliando a ciência e as novas tecnologias ao conhecimento.
De entre as muitas exposições, as quais permitiam que os visitantes interagissem com o que os rodeava, destacou-se a exposição interativa referente à Laurissilva.
No que respeita à visita ao Aquário, os formandos tiveram a oportunidade de observar a diversidade de espécies da fauna marinha regional, levantando várias questões sobre o tema à bióloga que os acompanhava.




            No passado dia catorze de abril, os formandos dos cursos EFA, turmas 1, 2, 4 e 5 da Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos do Caniço realizaram uma visita de estudo a uma das freguesias mais antigas do norte da ilha da Madeira, o Porto Moniz. Nesta visita de estudo foram pontos de paragem obrigatória o Aquário da Madeira e o Centro de Ciência Viva, tendo por objetivo proporcionar aos formandos maior conhecimento do Património madeirense e sobre assuntos relacionados com ciência e tecnologia; sensibilizar para a sua importância num contexto de modernidade; desenvolver o espírito de observação e ministrar momentos de lazer e são convívio entre formandos.
            A viagem de autocarro foi feita com a ajuda de um tempo muito agradável e em clima de grande animação e convívio. Houve música e distribuição de amêndoas doces e batatas fritas no percurso da viagem. Chegados ao Porto Moniz, iniciou-se a visita de estudo ao Aquário da Madeira, que está instalado num edifício que constitui uma réplica do forte de São João Baptista que havia sido construído no mesmo local em 1730 como defesa dos habitantes locais contra ataques de piratas. Esta visita foi acompanhada de explicações apropriadas que em muito ajudaram os alunos a um melhor conhecimento sobre a enorme diversidade de espécies da fauna marinha regional.

Nesse dia foi também feita a visita de estudo ao Centro de Ciência Viva, um local onde os alunos poderam explorar exposições e outras ações de divulgação científica. À entrada do Centro de Ciência Viva deparam com a existência de um globo gigante.
            Seguiram atentamente as explicações dadas pelo guia e puderam mergulhar numa atmosfera lúdica e de entretenimento riquíssima do ponto de vista cultural e científico, viajando desde o período terciário até aos nossos dias na máquina do tempo.
O encanto da Floresta Laurissilva foi recriado numa mágica e surpreendente enciclopédia que permitia conhecer a origem e a evolução da Floresta Laurissilva, uma relíquia que data do período terciário, tempos em que o Homem primitivo ainda nem existia!

No observatório virtual da Laurissilva, além da floresta, os alunos puderam descobrir as espécies aí existentes, ouvir os seus sons e aprender as suas características.
Também realizaram vários jogos pedagógicos como, por exemplo, o da ilusão ótica.                   
No âmbito da proteção ambiental distinguiram-se o jogo da reciclagem e o jogo da água que tem como objetivo aumentar a consciência de que a água é um recurso natural valiosíssimo captado pela Floresta Laurissilva.
            Terminadas ambas as visitas, os alunos puderam caminhar ao longo da promenade onde encontraram uma variedade de cafés, restaurantes e lojas de souvenirs, onde almoçaram e conviveram durante alguns minutos antes de regressarem ao ponto de partida.
            Por volta das catorze horas os alunos reuniram-se no local de partida do autocarro e chegaram à escola do Caniço pelas quinze horas.
            Todos os alunos ficaram enriquecidos com esta visita de estudo, permanecendo na sua memória a paisagem que puderam desfrutar da natureza; a beleza das piscinas naturais; o inolvidável espetáculo do Aquário do Porto Moniz e o Centro de Ciência Viva, onde puderam embarcar numa experiência única de lazer aliado à ciência e ao conhecimento.
Teresa Silva nº 31 Turma 1
Formador: Eduardo Madeira
CP - NG7: Argumentação e Assertividade

segunda-feira, 7 de maio de 2012